No entardecer da terra O sopro do longo Outono Amareleceu o chão. Um vago vento erra, Como um sonho mau num sono, Na lívida solidão. Soergue as folhas, e pousa As folhas, e volve, e revolve, E esvai-se inda outra vez. Mas a folha não repousa, O vento lívido volve E expira na lividez.
Eu já não sou quem era; O que eu sonhei, morri-o; E até do que hoje sou Amanhã direi, quem dera Volver a sê-lo!... Mais frio O vento vago voltou.