Internet Segura

Internet Segura
http://www.seguranet.pt/blog/

sábado, 29 de janeiro de 2011

Hoje, a ESDICA foi re-inaugurada.

Quem construiu Tebas de sete portas?

Nos livros estão os nomes dos reis.
Foram os reis que arrastaram os blocos de pedra?
E as várias vezes destruída Babilónia
Quem é que tantas vezes a reconstruiu?
Em que casas da Lima fulgente de oiro moraram os construtores?
Para onde foram os pedreiros na noite em que ficou pronta a Mu¬ralha da China?
A grande Roma está cheia de arcos de triunfo.
Quem os levantou?
Sobre quem triunfaram os césares?
Tinha a tão cantada Bizâncio
Só palácios para os seus habitantes?
Mesmo na lendária Atlântida
Na noite em que o mar a engoliu bramavam os afogados pelos seus escravos.
O jovem Alexandre conquistou a Índia.
Ele sozinho? César bateu os Gálios.
Não teria consigo um cozinheiro ao menos?
Filipe da Espanha chorou, quando a armada se afundou.
Não chorou mais ninguém?
Frederico II venceu na Guerra dos Sete Anos
Quem venceu além dele?
Cada página uma vitória.
Quem cozinhou o banquete da vitória?
Cada dez anos um Grande Homem.
Quem pagou as despesas?
Tantos relatos
Tantas perguntas.
Bertolt Brecht,
“Quem construiu Tebas de sete portas?”
(Tradução do Professor Paulo Quintela)

Quem reconstruiu a escola hoje inagurada??

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Mahler,em 1909



2011- 150 anos do nascimento e 100 anos da morte do compositor austríaco, Gustav Mahler (1860- 1910)

sábado, 1 de janeiro de 2011

"Se ninguém atraiçoasse..."

A Forma Justa

Sei que seria possível construir o mundo justo
As cidades poderiam ser claras e lavadas
Pelo canto dos espaços e das fontes
O céu o mar e a terra estão prontos
A saciar a nossa fome do terrestre
A terra onde estamos — se ninguém atraiçoasse — proporia
Cada dia a cada um a liberdade e o reino
— Na concha na flor no homem e no fruto
Se nada adoecer a própria forma é justa
E no todo se integra como palavra em verso
Sei que seria possível construir a forma justa
De uma cidade humana que fosse
Fiel à perfeição do universo

Por isso recomeço sem cessar a partir da página em branco
E este é meu ofício de poeta para a reconstrução do mundo

Sophia de Mello Breyner Andresen, in O Nome das Coisas